Entenda como vai funcionar o reajuste dos planos de saúde empresariais em 2021
O ano de 2020 trouxe muitas frustrações, dores e preocupações para todos nós. Uma das únicas coisas que foram feitas para aliviar todo o problema da epidemia do coronavírus foi a suspensão do reajuste dos planos de saúde. Porém, como nem tudo são flores, em 2021 teremos que arcar com o reajuste retroativo em conjunto com o reajuste normal do ano.
Essa questão ainda é muito discutida pelas pessoas e pelos estudiosos da área, mas já está estabelecida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O órgão determinou que já em janeiro, cerca de 20 milhões de pessoas deverão começar a pagar o reajuste do ano passado.
Isso pode encarecer muito os planos de saúde, pois além do valor aumentar naturalmente em 2021, o usuário ainda deverá pagar o reajuste que foi suspenso no ano passado. É claro que esse pagamento pode ser parcelado, porém, isso vai fazer com que a “mensalidade” do plano aumente consideravelmente, especialmente para as pessoas que trocaram de faixa etária.
Neste post você vai saber tudo sobre o reajuste deste ano e sobre como vai ser pago o reajuste que foi suspenso no ano passado. Acompanhe!
Suspensão do reajuste
A suspensão do reajuste aconteceu em setembro do ano passado em uma decisão da Diretoria Colegiada da ANS. O órgão decidiu que a suspensão seria de 120 dias e que valeria para o reajuste anual dos planos de saúde e para os reajustes realizados para as mudanças de faixa etária. Isso foi validado para todos os tipos de planos, desde os individuais até os empresariais.
Na época a ANS avisou que haveria aferição e incorporação dos impactos dessa mudança, a posteriori. Isso significa que o órgão já havia avisado que esse reajuste iria acontecer depois, porém, não comunicaram isso de forma clara e objetiva. Por isso, muitas pessoas podem se surpreender com os valores deste ano.
Como será realizado o reajuste em 2021?
Os valores que aumentaram no ano passado, bem como a mudança de preço que deveria ter ocorrido em relação à faixa etária dos usuários dos planos de saúde, serão pagos agora no ano de 2021. O pagamento começa em janeiro e não será à vista. As pessoas poderão pagar esses valores em até 12 vezes mensais.
O reajuste será de 8,14% para planos contratados depois de janeiro de 1999, que forem individuais ou familiares. Essa alíquota também vale para os planos que foram adaptados à Lei nº 9.656/98. Outros casos serão regulados de acordo com a seguradora e contam com alíquotas de 8,56% a 9,26%.
Reajuste retroativo
O reajuste retroativo diz respeito a todos os valores que deveriam ser aumentados no ano passado, mas que ficaram suspensos por conta da decisão da ANS. Esse valor será parcelado em até 12 vezes junto com o pagamento das parcelas mensais.
Digamos que o plano seja R$100,00 mensais e o indivíduo precisa pagar 5 meses retroativos de reajuste por que o reajuste foi em setembro. O valor do plano mensalmente por 12 meses será de R$116,28.
Nesse caso não houve mudança de faixa etária. A faixa etária é de 0 a 18 anos, 19 a 23 anos, 24 a 28 anos, 29 a 33 anos, 34 a 38 anos, 39 a 43 anos, 44 a 48 anos, 49 a 53 anos, 54 a 58 anos, 59 anos ou mais.
Caso haja alguma mudança de faixa etária, o reajuste também será retroativo. Utilizando o mesmo exemplo de cinco meses retroativos, o valor passará a ser R$116,28 + a alíquota da mudança de idade, que varia muito de acordo com a idade.
Quem precisa pagar
Em torno de 20 milhões de brasileiros terão que pagar pelo reajuste suspenso no ano passado. Essas pessoas são as que possuem planos individuais ou até mesmo adaptados. Empresas também deverão pagar o reajuste, mas só as que possuem planos com até 29 pessoas na cobertura. Os planos empresariais devem ser por adesão.
Contratos um pouco mais antigos que não estão vinculados à Lei nº 9.956/98, ou planos de empresas que optaram por pagar o reajuste ano passado, não precisam pagar esse tipo de reajuste retroativo, a princípio.
É interessante mencionar que a pessoa não poderá cancelar o plano para deixar de pagar o reajuste. Caso o indivíduo decida mudar o plano de saúde ou apenas realizar o cancelamento, as empresas poderão fazer a cobrança da mesma forma, sendo que não poderão cobrar o reajuste retroativo à vista.
Como trocar de plano sem prejuízo
A troca de plano é um momento muito delicado, em que todas as possibilidades devem ser avaliadas. Muitas vezes é melhor trocar de plano, pois os reajustes firmados no novo contrato são altos demais, ou porque a cobertura do plano não condiz mais com as nossas necessidades.
Porém, essa troca deve ser feita com a análise de diversas questões importantes, como a carência do plano atual e a possível multa contratual, a cobertura do novo plano, a qualidade dos serviços prestados, entre outros aspectos.
Considerações finais
Esteja sempre atento quando for trocar o seu plano de saúde, essa é a principal conclusão que podemos chegar ao falar desse assunto. O seu plano pode não ser o melhor do mundo, mas talvez cumpra com as suas necessidades atuais.
Lembre-se da “cultura do Grupo MBS” e dedique-se para ter um olhar mais analítico e conciso a respeito dos planos que você deseja contratar. Certamente o custo-benefício encontrado será melhor se você fizer isso.
Caso você não tenha um tempo hábil disponível para fazer esse processo de análise e verificação, busque a ajuda de um profissional. Um consultor especializado no assunto pode te ajudar a encontrar um excelente plano de saúde para sua empresa, com uma boa cobertura e valores acessíveis.
Não esqueça de verificar o reajuste dos planos de saúde antes de contratar um novo plano, pois ele pode ser ainda mais alto do que o valor que o seu plano pode alcançar.
Deseja saber mais informações? Fale com um Consultor do Grupo MBS!